Forças Armadas de Israel afirmam que Jihad Islâmica é responsável por explosão que atingiu hospital em Gaza. Veja o vídeo

IDF afirma que barragem de foguetes disparada contra território israelense teria passado nas imediações do compelxo hospitalar no momento em que foi atingido; grupo extremista nega acusação

IDF mostra momento em que suposto foguete da Jihad Islâmica atinge o Hospital Árabe al-Ahli, na Cidade de Gaza — Foto: Reprodução

O GLOBO

Um porta-voz das Forças Armadas de Israel informou nesta terça-feira que o grupo extremista Jihad Islâmica foi o responsável pelo disparo que atingiu o Hospital Árabe al-Ahli, na Cidade de Gaza. A explosão — que o Hamas atribuiu a Israel — deixou ao menos 500 mortos, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Após a divulgação da informação, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu escreveu que “o mundo inteiro já sabia”. O grupo extremista negou as acusações e rebateu: “mentiras e invenções”.

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As Forças Armadas israelenses afirmaram que, de acordo com análises operacionais, uma barragem de disparos de foguetes inimigos teria sido feita contra o território do Estado Judeu e que tal ataque teria passado pelas imediações do complexo hospitalar, quando foi atingido.

“Segundo informações dos serviços secretos e de várias fontes que temos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo disparo frustrado que atingiu o hospital”, informou o Estado de Israel na rede X (antigo Twitter).

Após a divulgação da informação pelas forças israelenses, Netanyahu manifestou-se nas redes sociais. Em uma publicação no X, o primeiro-ministro disse que “o mundo inteiro já sabia” que a explosão não havia sido causada pelas Forças Armadas israelenses, mas sim pelos “terroristas bárbaros em Gaza”. Ao final da publicação, o primeiro-ministro escreveu: “aqueles que assassinaram brutalmente os nossos filhos, também mataram os seus”.

A resposta de Netanyahu faz referência à acusação do Hamas. Mais cedo, o Ministério da Saúde de Gaza, controlada desde 2007 pelo grupo, disse que a explosão havia sido causada por ataques aéreos israelenses. Pouco depois, a Defesa Civil Palestina acusou o Estado Judeu pelo “massacre sem precedentes”, equiparando-o “a um genocídio”. O Ministério das Relações Exteriores do enclave palestino também se manifestou, afirmando que a explosão foi um “massacre a sangue frio”.

A Jihad Islâmica negou que tenha sido responsável pela explosão ao complexo hospitalar de Gaza e rebateu as acusações. O porta-voz do grupo, Daoud Shehab, disse em entrevista à Reuters que a acusação “é uma mentira e uma invenção” e que a mudança na narrativa seria uma tentativa do Estado Judeu de encobrir “o massacre cometido contra civis”.

—Isso é uma mentira e uma invenção, é completamente incorreto. As Forças Armadas de Israel estão tentando encobrir esse crime horrendo e o massacre cometido contra civis — afirmou à agência.

O grupo extremista é próximo do Hamas e atua principalmente em Gaza, embora esteja presente também na Cisjordânia. Além de se opor à qualquer negociação com Israel e rejeitar os Acordos de Oslo, a organização é considerada terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Segundo a agência de notícias al-Jazera, o cenário na unidade de saúde era “catastrófico”. Além dos mortos, há ainda pessoas sob os escombros dos edifícios destruídos. Organizações humanitárias se manifestaram contra a explosão, enquanto a Rússia e os Emirados Árabes Unidos chegaram a solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para esta quarta-feira.

Manifestações explodiram em algumas cidades da Cisjordânia, como Nablus, Tulkarem e Jenin. Em Ramallah, onde está sediada a Autoridade Nacional Palestina (ANP), os manifestantes pediram a destituição do presidente Mahmoud Abbas — que decretou luto de três dias pela tragédia. O protesto terminou em confronto entre as forças de segurança da ANP e os manifestantes. Desde o útlimo sábado, quando o Hamas cometeu o pior ataque terrorista da história de Israel, a região tem visto o conflito escalar dentro do seu território.

A explosão aconteceu horas antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Tel Avivi. O líder americano desembarca nesta quarta-feira em Israel para se encontrar com o primeiro-ministro israelense. A viagem foi anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

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