A decisão foi tomada após reunião com o Comitê de Operações Emergenciais (COE), órgão criado para decidir medidas de combate ao coronavírus.
Por: Ronaldo Mota, R10 – Phbwebcidade Parnaíba PI
O governador Wellington Dias (PT) anunciou nesta segunda-feira (22) a prorrogação do decreto de isolamento social até o dia 6 de julho. A decisão foi tomada após reunião com o Comitê de Operações Emergenciais (COE), órgão criado para decidir medidas de combate ao coronavírus.
O decreto em vigor tinha validade até esta segunda. Desde o dia 19 de março, por causa da crise de Covid-19, o Piauí tem regras que restringe atividades econômicas, liberando apenas serviços essenciais. Com a nova ampliação do decreto, o estado passa a ter mais de três meses de quarentena.
“Foi dado o parecer da área científica e também da área da saúde, com a presença de empresários, dos três Poderes, também tratamos da posição do Estado já que está vencendo o último decreto e ao final foram colocadas as medidas que vamos seguir nos próximos dias”, disse o líder do Poder Executivo.
Para a decisão, o governo do estado usou uma pesquisa que indicou aumento no número de infectados, saltando de 134 mil para 334 mil piauienses com Covid-19. Em números oficiais, o Piauí ultrapassou a marca de 500 mortes por causa da Covid-19. São quase 15 mil casos de coronavírus confirmados.
Na semana passada, o governo do estado havia interrompido a flexibilização das atividades econômicas devido ao aumento da taxa de transmissão do coronavírus.
Sobre falta de profissionais e medicamentos para covid-19
“É verdade que a falta de profissionais era esperada, o problema é que ela deu aqui no Piauí abaixo do que a gente esperava; vamos ter que fazer um esforço fenomenal, estou pedindo a Deus que até esta terça a gente encontre profissionais para completar esta meta de mais leitos, tivemos a condição de um forte crescimento, sair de 30 leitos para 469 não é fácil. Agora vem mais um problema do medicamento, não tem jeito, a medida vai ser a importação, estou torcendo para que o presidente autorize. Quem vai pagar são os Estados e municípios, mas não podemos deixar faltar, no Piauí são 22 medicamentos, por isso temos que nos próximos dez dias encontrar alternativas, e a alternativa é a importação. É um problema realmente grave”, comentou.
O processo previa a liberação de mais setores, porém manteve apenas a construção civil, saúde e do setor automotivo criarem protocolos. Até o momento, não houve indicativo de quando empresas ligadas a essas atividades poderão abrir.