Governo transfere nove suspeitos de comandar ataques no RN para presídios federais

Noventa e sete pessoas foram presas até o momento. Os detentos transferidos podem ser levados para qualquer uma das cinco penitenciárias federais

Mulher corre durante rebelião no Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Nort. Foto: Andressa Anholete/AFP

O GLOBO

Nove presos do presídio Rogério Coutinho, no Rio Grande do Norte, foram transferidos para presídios federais na noite dessa sexta-feira, 17, suspeitos de comandar os ataques de facções criminosas que acontecem desde 14 de março no estado.

A transferência ocorre em resposta aos atentados da última semana. Os suspeitos poderão ficar em qualquer um dos cinco presídios federais no país: Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) ou Porto Velho (RO). Em nota, o governo federal explicou que a transferência obedece a pedido do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte e do governo estadual.

“Os custodiados são acusados de comandar os crimes como homicídios e tráficos de drogas, além de estar envolvido em planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados no Rio Grande do Norte”, informou o governo do RN, em comunicado.

A primeira transferência de um detento do RN para presídio federal desde o início dos ataques aconteceu na terça-feira, 14. No sistema penal federal, eles ficam isolados em celas individuais e têm visitas monitoradas pelos agentes.

Mais 100 agentes da Força Nacional e quatro aeronaves, da PRF e dos governos do Ceará e da Paraíba, chegaram sexta a Natal, capital potiguar, para auxiliar nas ações de segurança contra os ataques criminosos que paralisaram pelo menos 21 cidades no estado nos últimos dias.

Noventa e sete pessoas foram presas até o momento, após uma operação conjunta das Polícias Militar, Civil e Federal no litoral sul.

Novos atos de violência foram registrados nessa sexta, mas autoridades apontam para uma redação na intensidade dos atentados. São ataques a ônibus, prédios públicos e lojas que, segundo o governo, foram coordenados de dentro dos presídios por integrantes de facção criminosa.

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