Os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Paulo Guedes (Economia) em reunião no Congresso Nacional.
Por Poder 360
O ministro Paulo Guedes (Economia) fez mudanças na representação do governo no quadro de membros titulares do Conselho Fiscal do Sesc (Serviço Social do Comércio).
O ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) foi destituído do posto de conselheiro. Para o seu lugar, foi designado o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
A mudança foi publicada em portaria no DOU (Diário Oficial da União) nesta 5ª feira (15.out.2020), com a data retroativa de 3ª feira (15.out). Eis a íntegra (45 KB).
Marinho exercia a representação do Ministério da Economia no conselho desde fevereiro de 2019, quando ainda ocupava o cargo de secretário especial de Previdência e Trabalho da pasta.
O Conselho Fiscal é o órgão do Sesc responsável pelo controle interno da instituição. Dentre as atribuições, tem o dever de acompanhar e fiscalizar a execução orçamentária da entidade. A participação em reuniões garante uma gratificação mensal aos conselheiros.
A destituição do ministro do Desenvolvimento Regional ocorre na mesma semana em que o jornal Folha de S.Paulo publicou que, dentre os 5 ministros que recebem alguma gratificação extra, ele é quem mais era beneficiado.
Segundo a reportagem, o valor extra no salário de Marinho era de cerca de R$ 21.000. Como ministro, ele recebe R$ 30.900. A remuneração total superava o teto do funcionalismo público (R$ 39.300).
Marinho e Guedes travam uma disputa dentro do governo. O atrito entre os 2 se tornou público a partir da divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril.
Os ministros divergiram na ocasião quanto às diretrizes de políticas de investimento em infraestrutura para mitigar os efeitos da pandemia. Semanas depois, Guedes acusou Marinho de ser “fura-teto” –em alusão ao teto de gastos, regra que limita os investimentos do governo federal.