Heptacampeão vive temporada difícil com Mercedes, mas consegue se classificar à frente de rivais de Red Bull e Ferrari, em melhor fase
Por Estadão
A pole escapou por 54 centésimos e, por muito pouco, ele não garantiu lugar na primeira fila do GP de Cingapura ao ficar atrás de Charles Leclerc e Sergio Pérez. Porém, diante das dificuldades que vem enfrentando na temporada, o heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton disse estar muito satisfeito pelo desempenho do carro e também com o terceiro lugar conquistado na classificação deste sábado, 1º de outubro. A prova será no domingo, dia 2, às 9h, com transmissão da Band.
“Acho que no final foi muito difícil conseguir aquela volta perfeita. Tentei ao máximo e estar tão perto, entre os três primeiros colocados, é incrivelmente recompensador”, afirmou o piloto britânico após a definição do grid.
Sexto colocado no Mundial com 168 pontos, Hamilton disputa a temporada deste ano como coadjuvante, já que as Mercedes estão muito abaixo do desempenho demonstrado pelos carros de Red Bull e da Ferrari.
E se ele teve motivos para comemorar ao final da classificação, George Russell, seu companheiro de equipe terminou a sessão desapontado. Ele cravou a 11ª colocação e, ao final, voltou para os boxes apontando problemas no freio como justificativa da posição intermediária na largada.
Feliz com a oportunidade de brigar pelas primeiras posições, Hamilton fez uma reflexão sobre a temporada atípica que enfrenta. “Está sendo um ano inspirador para mim em testemunhar o que a minha equipe faz para ter um carro melhor. Fazer parte disso é importante. O que mais quero, e desejo, é obter um bom resultado para retribuir o trabalho deles”, comentou o piloto.
Muito desse discurso teve como base a dedicação demonstrada antes do treino de sábado. “O carro estava muito melhor hoje, fizemos um ótimo trabalho durante à noite. Na fábrica e também aqui (na pista)”, completou.
A sessão marcou também o fim de uma outra polêmica envolvendo o piloto e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O chefe médico da entidade acabou a justificativa do piloto para correr com um piercing no nariz, antes restrito por recomendação médica para evitar infecção.
No entanto, a Mercedes acabou sofrendo uma punição por não informar antecipadamente que o piloto havia colocado a peça. A sanção veio em forma de multa e a escuderia terá de pagar 25 mil euros, cerca de R$ 132 mil.
O motivo da punição é que a Mercedes deveria ter entregue um formulário dando conta de que o seu principal piloto estava novamente usando o piercing.
O assunto ganhou os holofotes em abril, e Hamilton recebeu um prazo para a tirar o adereço, que terminou em julho. Em Silverstone, ele apareceu sem a pela, mas depois, voltou a usá-la.