Ataque em Tel Aviv se soma a episódios de violência que escalaram a tensão no país
Folha de São Paulo
Um turista foi morto e sete ficaram feridos em ataque ocorrido na cidade Tel Aviv nesta sexta-feira (7), em mais um episódio de escalada da violência entre israelenses e palestinos. O agressor avançou com o carro e também atirou contra as vítimas.
De acordo com relatos da mídia israelense, o agressor avançou com o veículo sobre pedestres no parque Charles Clore, localizado na orla da cidade, e abriu fogo contra os presentes.
Segundo a imprensa israelense, a pessoa que morreu é um turista italiano de 35 anos. As pessoas feridas também são turistas com idades entre 17 e 70 anos, mas não está claro quais são seus países de origem.
O agressor, um cidadão árabe-israelense da cidade de Kafr Qassem, de 45 anos, e foi morto a tiros por policiais.
A facção palestina Jihad Islâmica disse, em comunicado, que o ataque em Tel Aviv é “uma resposta natural e legítima aos crimes da ocupação contra o povo palestino”.
O novo episódio fez com que o premiê Binyamin Netanyahu convocasse reservistas para reforçar a segurança da capital. Agentes das forças que monitoram as fronteiras foram realocados para responder à onda de violência.
Mais cedo na sexta-feira, um atentado a tiros em Hamra, na Cisjordânia, terminou com duas irmãs britânico-israelenses mortas, e a mãe delas ficou ferida.
Os ataques ocorrem durante a celebração da Pessach e do Ramadã, importantes períodos religiosos para judeus e muçulmanos, respectivamente.
Na quarta (5), a polícia de Israel invadiu a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, e entrou em confronto com centenas de palestinos que passavam a noite no local –12 ficaram feridos e cerca de 350 foram detidos.
Nos últimos dias também foram registrados disparos de foguetes da Faixa de Gaza e do Líbano em direção a Israel –o sistema de defesa aéreo israelense conseguiu interceptar a maioria dos projéteis, e ninguém ficou ferido. Israel respondeu com bombardeios.
Em meio à escalada da violência, o Exército de Israel convocou reservistas para reforçar as tropas do país. Não está claro quanto militares serão mobilizados.