Horas após derrota do voto impresso, Bolsonaro critica TSE e diz que eleições de 2022 não serão confiáveis

Presidente deu declarações a apoiadores após Câmara barrar PEC do voto impresso

O presidente Jair Bolsonaro faz videochamada para transmitir mensagem a apoiadores que promovem em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, manifestações pedindo por mudanças no sistema eleitoral e pela adoção do voto impresso. /Reprodução

Por Folhapress

Apesar de derrota do voto impresso na Câmara, o presidente Jair Bolsonaro seguiu questionando nesta quarta-feira (11) a segurança das eleições brasileiras.

Em conversa com apoiadores, ele destacou que metade dos deputados que votaram pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso não confia no trabalho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que o resultado do pleito do ano que vem não será confiável.

“Números redondos: 450 deputados votaram ontem. Foi dividido, 229 [a favor], 218 [contra], dividido. É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acreditam que o resultado ali no final seja confiável”, disse Bolsonaro.

“Hoje em dia sinalizamos uma eleição… não é que está dividida. Uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações”, declarou.

Na terça (10), dia em que Bolsonaro foi protagonista de um desfile de veículos militares em frente ao Palácio do Planalto, a PEC do voto impresso foi derrotada pelo plenário da Câmara dos Deputados. A proposta foi motivo de seguidas manifestações golpistas do presidente.

Foram 229 a favor do texto, 218 contra e uma abstenção. Eram necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados —60%— para que a proposta de impressão do voto dado pelo eleitor na urna eletrônica fosse adiante. Ou seja, faltaram 79 votos para que a PEC fosse aprovada. Diante do resultado, ela foi arquivada.

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