Igreja Nossa Sra. Das Graças e Casarão Simplício Dias da Silva. História e Cultura

A igreja de Nossa Senhora das Graças e o Casarão de Simplício Dias da Silva possui muitas histórias e culturas 

Igreja de Nossa Senhora da Divina Graça, localizada na Praça da Graça em Parnaíba. Foto: Marcos Ranyere Portela da Cunha/11.jul.2024

Edição: Prefeitura Municipal de Parnaíba 

Em 1711 com a ajuda do coronel Pedro Barbosa Leal e alguns moradores, João Paulo Diniz constrói uma pequena capela para Nossa Senhora de Mont Serrat, imagem vinda de Portugal, e que foi venerada como Padroeira da Feitoria, mas a imagem fora levada à Matriz de Piracuruca em 1712,  devido aos ataques dos índios tremembés na feitoria. Vale enfatizar que João Paulo Diniz precedeu a Domingos Dias da Silva na exploração do comércio de carne seca, o charque, com grande êxito. Com isso, foi sem dúvida o iniciador da colonização e do desenvolvimento de nosso município junto ao coronel Pedro Barbosa Leal, também português.

Destaca-se também como assentador do Marco Histórico e de desbravador da Região Norte do Piauí – Parnaíba – o português Domingos Dias da Silva. Em 1758 procedente do Rio Grande do Sul, trouxe fabulosa fortuna em ouro e prata, instalou-se aqui e conquistou grande patrimônio tornando-se notável fazendeiro, grande agricultor e respeitado comerciante. Como era um homem de grande visão, efetivou comércio direto com Lisboa para exportar seus produtos e importar os que careciam.

Domingos Dias da Silva estimulou o comércio como um verdadeiro líder e dominou economicamente o Piauí e parte do Maranhão. O charque, carne desidratada pelo sol e vento, era vendida para Pernambuco, Pará, Maranhão, Bahia e Rio de Janeiro. O notável comerciante, logo construiu um palacete para sua residência. Após a sua morte ocorrida em 1793, os seus filhos Raimundo e Simplício Dias da Silva, herdaram uma grande riqueza.

Casarão Simplício Dias da Silva, localizada na Av. Presidente Getúlio Vargas em Parnaíba. Foto: Marcos Ranyere Portela da Cunha/11.jul.2024

O Casarão de Simplício Dias passou por uma restauração em 2012. O local abriga atualmente o escritório regional do Iphan e as superintendências municipais de Cultura e Turismo. Aberto ao público diariamente, o casarão oferece aos visitantes exposições temporárias e o memorial Humberto de Campos.

Nesta época iniciou-se também a construção da Igreja de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça que hoje é uma das poucas catedrais em estilo barroco do Estado.

No período colonial cabia aos patrões a responsabilidade de dar aos escravos uma formação cristã, porém brancos e negros não se misturavam. Por este motivo a família de Simplício Dias da Silva permitiu aos seus escravos a construção da Igreja Nossa Senhora do Rosário, destinada exclusivamente aos negros, já que estes não poderiam frequentar a Igreja Nossa Senhora da Graça. As duas igrejas encontram-se localizadas e abertas para visitação na Praça da Graça.

Com o decorrer do tempo a vila ganhou destaque, desenvolveu-se, tornou-se um centro de difusão de cultura e de novas ideias por concentrar uma “elite intelectual” que começava a querer intervir na política nacional.

Por vezes as notícias chegavam antes na vila do que na capital e foi neste contexto que Simplício Dias da Silva, rico fazendeiro e homem de prestígio, no dia 19 de outubro de 1822, proclamou adesão da vila a independência da colônia.

Em alusão a independência foi construído em 1922 na Praça da Graça, centro da cidade, um monumento da independência do Brasil no Piauí.

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