Presidente da Câmara diz que seria importante finalizar matérias pensando na próxima reunião do Copom
O GLOBO
Após a aprovação em dois turnos da Reforma Tributária, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse nesta sexta-feira que espera concluir a votação de quatro destaques à matéria ainda nesta sexta-feira. Lira também afirmou que não desistiu de votar os projetos do Carf e do arcabouço fiscal e explicou que deseja adiantar a pauta econômica para que tudo esteja aprovado antes da próxima reunião do Copom, em agosto. Assim, espera que isso dê mais confiança para que o Banco Central possa iniciar o corte dos juros.
Ele afirmou também que terá uma nova reunião com os relatores do arcabouço e do Carf para ajustar os últimos detalhes da negociação.
— Eu estava com o relator do arcabouço e do Carf. Eles estão em Brasília de prontidão. Nós pedimos agora uma reunião rápida com líderes, antes do início da votação. Se os líderes se derem por satisfeito com relação ao mérito das matérias, eu acho importante porque vai ter reunião do Copom no início de agosto — explicou.
Lira disse esperar que o Senado também aprove o projeto, embora reconheça que mudanças possam ser feitas pela Casa.
— Espero que o Senado trate com um olhar que merece. A Casa federativa por certo vai ter tempo para fazer as alterações que são necessárias. A câmara é uma casa mais eclética, que tem muitas ideologias. O Senado vai ter oportunidade de fazer uma discussão mais pausada, com um olhar mais agudo. Saberemos respeitar e avaliar o texto que deve voltar do Senado — afirmou.
Ligações de Lula e Bolsonaro
Lira disse que recebeu ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira.
— O presidente Lula me ligou hoje de manhã, o ministro Haddad me ligou ontem. Ligação foi o que não faltou para parabenizar e saber do ambiente. O clima é de tranquilidade para que nós possamos terminar esse semestre da melhor maneira possível — afirmou.
O presidente da Câmara voltou a fazer elogios e agradecimentos ao governador de São Paulo pela articulação em favor da reforma.
— Em especial, em nome do governador de São Paulo, Tarcísio, queremos simbolicamente falar da importância da interação entre congresso e estados. O estado de São Paulo, como principal estado da federação, a nível de economia, renda, e população, sempre teve uma postura muito crítica em relação à Reforma Tributária, sempre foi um obstáculo no plenário para essas votações. Quero reconhecer em público o papel dele na negociação, a ponto de dar a cara para defender o que é justo — disse.