Neymar foi fundamental para levar o PSG à final da Liga dos Campeões. Invesitmento feito pelo Paris em 2017 foi importante para consolidar força da equipe na Europa.
Por Estadão Conteúdo
A campanha histórica na Liga dos Campeões da Europa realça o posto de protagonista de Neymar, não somente no Paris Saint-Germain, mas na Europa. A derrota para o Bayern de Munique por 1 a 0 na final foi dolorosa, com lágrimas, mas longe dos fracassos retumbantes de outras edições. Como Cavani não renovou contrato e se despediu do time, sobrou para o brasileiro a missão de carregar o PSG na disputa, organizada em Lisboa por causa da pandemia do novo coronavírus. O camisa 10 não fugiu da responsabilidade. O ânimo em jogar cada partida ficou claro nas postagens em tom ansioso nas redes e na disposição em campo.
O melhor resultado do Paris Saint-Germain em toda a história do torneio faz o clube francês sentir que valeu a pena pagar o equivalente a R$ 1,5 bilhão para tirar Neymar do Barcelona em 2017. Os passos estão sendo dados. De lá para cá, o PSG investiu cerca de R$ 3,6 bilhões tanto no brasileiro quanto na contratação de outros reforços para montar um elenco de qualidade e competitivo, que se fortalece a cada edição e chama a atenção de rivais da Europa. O PSG amadureceu como alguns de seus jogadores.
“Depois de várias tentativas, o time chegou. Eles vinham tentando há muito tempo chegar longe na Liga dos Campeões e conseguiram por causa de Mbappé e Neymar, que foram fundamentais A campanha foi um prêmio à tentativa anual do PSG de se colocar no patamar mais alto do futebol europeu”, avaliou o treinador Abel Braga, que foi zagueiro do time francês entre 1979 e 1981. A impressão que o PSG deixa, mesmo com derrota para o Bayern, é de uma equipe forte e de respeito.
Desde o início do investimento catariano até hoje, foram oito participações consecutivas na Liga dos Campeões. O melhor resultado desta era havia sido a presença nas quartas de final em quatro ocasiões. Desde a chegada de Neymar, o time sequer tinha passado das oitavas de final e acumulava frustrações que aumentavam a pressão sobre o brasileiro, principalmente por causa da ausência dele nas partidas mais decisivas.
Na primeira temporada, a equipe passou às oitavas como primeiro do grupo e enfrentou o então campeão Real Madrid. Após perder na Espanha o jogo de ida por 3 a 1, Neymar sofreu fissura do quinto metatarso do pé direito e foi desfalque para a volta. Sem ele, o time espanhol ganhou de novo e avançou.
Na temporada seguinte, o PSG perdeu Neymar pouco antes das oitavas por causa do mesmo problema no pé direito. Durante a recuperação, ele veio ao Brasil passar o carnaval e foi visto de muletas no sambódromo do Rio de Janeiro. As fotos e vídeos dessa aparição causaram polêmica na França. De volta a Paris, o camisa 10 presenciou da beira do gramado uma eliminação dolorosa diante do Manchester United.
O time perdeu em casa por 3 a 1 após sofrer gol de pênalti nos acréscimos. Neymar ficou revoltado, xingou o árbitro nas redes sociais e acabou suspenso pela Uefa. Meses depois sua relação com a torcida ficaria pior porque o astro demonstrou vontade de voltar ao Barcelona. A negociação fracassou e ele teve de aguentar as vaias em Paris.
Sua imagem só melhorou nesta temporada. Ele passou parte de quarentena em sua casa em Mangaratiba (RJ), onde treinou sob a supervisão de preparadores particulares. Os trabalhos foram fortes. Neymar fez de tudo para se reapresentar na melhor forma física. Via chance de entrar na história do clube.