Messi marca, Argentina atropela Venezuela na Bombonera e chega a 30 jogos de invencibilidade

Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, seleção argentina não tem dificuldades para derrotar lanterna das Eliminatórias

Messi marca em vitória da Argentina sobre a Venezuela Foto: Juan Mabromata / AFP

Por Estadão

A dúvida sobre como Messi se comportaria com a seleção da Argentina após as vaias na França foi esclarecida com uma grande apresentação do camisa 10, autor de um gol na vitória tranquila sobre a Venezuela, em La Bombonera, por 3 a 0. O placar poderia ser ainda maior, em jogo totalmente dominado pelos donos da casa, com bela festa de adeus à torcida nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Foi o 30° jogo de invencibilidade da Argentina, a maior série de uma seleção no planeta atualmente. Na terça-feira, em visita ao Equador, ela tentará igualar a sequência de 1991 a 1993 quando ficou 31 jogos sem perder antes de levar 5 a 0 da Colômbia.

A torcida argentina que lotou La Bombonera deu um espetáculo ainda na execução do hino. Em festa de arrepiar para deixar seus jogadores entusiasmados na despedida caseira das Eliminatórias, cantaram forte o “viva a pátria”, demonstrando todo seu amor ao país.

Precisando de carinho após receber vaias na França da torcida do Paris Saint-Germain por causa da eliminação nas oitavas da Liga dos Campeões, diante do Real Madrid, Messi sentiu-se abraçado em Buenos Aires. Com total apoio, iniciou o jogo elétrico. Com três minutos, o camisa 10 já apareceu para a primeira finalização. Mandou nas mãos do goleiro. Diante de uma Venezuela completamente defensiva, seus dribles eram uma boa saída para conduzir os hermanos ao ataque. Messi era parado só nas faltas. Seu marcador levou amarelo com 10 minutos.

Todos os lances de perigo passavam pelos pés do capitão argentino. Até mesmo as cobranças de faltas e escanteios. Se a explosão não era mais a mesma, a habilidade seguia intacta. Com passe preciso, Messi deu o gol para Paredes. O companheiro perdeu, cara a cara.

“Louco” para fazer um gol, Messi foi travado duas vezes em mesmo lance. Chegou a pedir pênalti por toque na mão. Não convenceu o árbitro. Logo depois, em jogada iniciada pelo craque, enfim o grito de gol. Messi tocou para Nicolas González, que não dominou. Na volta, Mac Allister mandou para De Paul cruzar e González, desta vez esperto, escorar às redes. O VAR confirmou o lance e a festa foi grande.

No retorno para o segundo tempo, Messi mostrava felicidade em campo. Estava tranquilo e sorridente. Em dominada com categoria, arrancou aplausos da torcida. Logo a seguir, sofreu falta. Ajeitou e bateu com carinho, novamente parando no goleiro Farinez. O desvio na barreira atrapalhou o lance perigoso.

Eis que Josef Martinez quase empatou, de cabeça. Livre, cabeceou para fora para alívio dos argentinos. A defesa deu bobeira. A ordem foi restabelecida com sequência de chances criadas e desperdiçadas. Messi voltou a deixar um companheiro na cara do gol. Desta vez, Joaquim Corrêa, que também desperdiçou ao demorar para finalizar.

Os atacantes da Argentina pareciam desatentos e em sintonia distinta de Messi. Enquanto a estrela atuava fácil e esbanjava qualidade, alguns sofriam para dominar a bola.

Lionel Scaloni começou e tirar os jovens que eram observados para apostar na experiência. Di María e Angel Corrêa entraram para melhorar o desempenho ofensivo. Com 28 minutos, após três faltas duras dos venezuelanos, a Argentina resolveu colocar o rival na roda. E surgiram os gritos de “olé”.

Se as assistências de Messi não terminavam com gol, os passes de De Paul tinham final diferente. O camisa 7 lançou para Di María passar pela marcação e encobrir o goleiro. Aos 34 a Argentina ampliou para nova explosão na Bombonera.

Faltava a cereja do bolo. Messi merecia ter a bela apresentação coroada. Ela veio dois minutos depois do segundo gol. Di María cruzou no peito do companheiro de PSG, que dominou com classe e bateu errado. A bola entrou mansa para completar a festa argentina.

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