Moro avalia concorrer ao Congresso e critica terceira via: ‘falta de desprendimento’

Parlamentares do União Brasil apostam no nome do ex-ministro na disputa à Câmara dos Deputados

Foto: Divulgação

Por Estadão

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) disse nesta sexta-feira, 6, que a “falta de desprendimento” de políticos da terceira via dificulta a construção do centro democrático. Questionado mais uma vez sobre as pretensões eleitorais para outubro, ele falou que seu futuro político ainda está indefinido e que “pode ser” que concorra a “algum mandato eletivo”. Moro participou de evento organizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) em parceria com o Brazil-U.S. Business Council (BUSBC).

Moro fez referência ao fato de pré-candidatos não abrirem mão da cabeça de chapa na disputa ao Planalto. Na negociação entre MDB, PSDB e Cidadania, Simone Tebet (MDB) e João Doria (PSDB) resistem à possibilidade de serem candidatos à vice-Presidência, mas enfrentam resistências dentro dos próprios partidos. As três siglas estabeleceram dia 18 de maio como prazo final para anunciar o desfecho das negociações.

“Coloca em cheque a própria legitimidade de alguns destes personagens que estão aparecendo como representantes da terceira via”, explicou. O ex-juiz reforçou que está “à disposição do União Brasil para buscar solução para o País” diante da polarização entre “dois extremos”: o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Em que posição eu vou jogar nessa construção é algo que está sendo definido, posso eventualmente concorrer a um cargo no Congresso ou alguma outra coisa”, disse durante o evento.

Moro deixou o Podemos, partido pelo qual era pré-candidato ao Planalto, e se filiou ao União Brasil. A nova legenda do ex-juiz desembarcou do projeto da terceira via para lançar chapa pura na corrida presidencial. O pré-candidato pela sigla é o deputado federal e presidente do partido, Luciano Bivar.

Parlamentares do União Brasil apostam no nome de Moro na disputa à Câmara por acreditarem que o ex-juiz seria um puxador de votos, o que aumentaria o número de eleitos e, consequentemente, a participação da legenda nos fundos partidário e eleitoral. Hoje, a sigla conta com quase R$ 1 bilhão em verbas do fundo partidário e do fundo eleitoral para as disputas deste ano.

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