A declaração do presidente vem 1 dia depois de ele afirmar, em cerimônia no Planalto.
Por Poder 360
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (8.out.2020) que “não tem dado motivo” para a PF (Polícia Federal) ir atrás dos ministros de seu governo.
“Eu não tenho dado motivo para a Policia Federal ir atras dos seus ministros, diferentemente do que acontecia no passado”, disse em referência aos governos do PT. “Não é 1 compromisso verbal ou de campanha. Vem se comprovando na prática essa forma de trabalhar”, disse em discurso durante solenidade de encerramento do curso de formação de agentes, escrivões e papiloscopistas federais, em Brasília (DF).
A declaração do presidente vem 1 dia depois de ele afirmar, em cerimônia no Planalto, que acabou com a Lava Jato porque “não tem mais corrupção” em seu governo, dando a entender que a operação Lava Jato não faria sentido em seu mandato.
Assista ao discurso do presidente (6min38seg):
“Nós temos o compromisso do combate à corrupção. Tenho colaborado com a PF, ajudando. De que forma? Do lado. Bastante aos escolher ministros não por critérios políticos, não por apadrinhamentos, mas por critérios de competência. Como temos o ministro da Justiça, André Mendonça. Me desculpem, mas muito, mas muito melhor do que o outro que nos deixou há pouco tempo”, afirmou, em crítica oblíqua ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que deixou o cargo em 24h de abril.
Nesta 5ª feira (8.out), o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) deve analisar a possibilidade de Bolsonaro prestar depoimento por escrito `a Polícia Federal em inquérito que investiga suposta interferência na própria corporação. O presidente, no entanto, não mencionou a investigação ou sobre o julgamento durante a solenidade.
Bolsonaro afirmou ainda que as ações da PF contra corrupção ajudaram na mudança do “status quo” da política brasileira e também em sua vitória, na eleição presidencial de 2018.
O presidente disse que é “prova viva” do trabalho dos agentes federais, tanto no que diz respeito ao combate à corrupção, como no trabalho de planejamento de segurança, que, segundo ele, foi responsável por salvar sua vida, em Juiz de Fora (MG), quando sofreu 1 atentado a faca durante a campanha presidencial.