Time de Abel Ferreira, de contrato renovado, aguarda São Paulo ou Corinthians na decisão
Por Estadão
O Palmeiras jogará a final do Campeonato Paulista pelo terceiro ano seguido. A equipe alviverde conseguiu a vaga na decisão ao ganhar por 2 a 1 do Red Bull Bragantino neste sábado, no Allianz Parque. Murilo e Rony asseguraram o triunfo na equilibrada partida em São Paulo. Os visitantes foram às redes com Realpe.
Na decisão na qual busca seu 24º título estadual, o Palmeiras, que se manteve invicto, vai enfrentar São Paulo ou Corinthians. Os dois duelam neste domingo, às 16h, no Morumbi. O mando do segundo jogo é do alviverde, mas não se sabe se ele será realizado no Allianz Parque porque a arena palmeirense recebe o show da banda Maroon 5 dois dias após a partida.
De contrato renovado até o fim de 2024, Abel viu mais uma boa exibição de seu time diante de um rival organizado, superior em alguns momentos, que fez pressão até o fim e vendeu caro a derrota. Prestigiado, o treinador português comandará a equipe em sua nona decisão e persegue o quinto título em menos de um ano e meio de trabalho.
Uma marca desse Palmeiras é a intensidade desde o apito inicial. Como contra o Ituano, o time encurralou o Bragantino com agressividade e fez seu primeiro gol rápido, aos dois minutos. Foi fruto de jogada ensaiada. Scarpa cruzou na segunda trave onde estava Gómez. Ele desviou para trás e Murilo completou para as redes.
Os donos da casa produziram outras chances para ampliar e até foram às redes de novo com Scarpa, mas Dudu estava impedido na origem do lance. O cenário mudou à medida que o Bragantino, que estava aberto para levar o segundo gol, passou a incomodar o rival, que sentiu falta de Danilo, com passes rápidos no ataque. Mas foi pelo alto que veio o empate. Helinho cobrou falta, a defesa não cortou e Realpe subiu mais que todos para marcar de cabeça aos 18.
O panorama novamente se alterou. O enérgico e vigoroso Palmeiras retomou o controle da partida e construiu superioridade principalmente com Dudu, mais uma vez inspirado. Saiu do pé esquerdo do camisa 7 um passe na medida para Veiga infiltrar e cruzar para Rony cutucar para as redes aos 39 e desempatar a partida. O atacante, com o gol, despertou sentimentos distintos na torcida, já que até aproveitar a bonita jogada coletiva, havia levado amarelo, ficado impedido algumas vezes e tomado decisões erradas no ataque.
No fim da primeira etapa, Gómez balançou as redes de cabeça, mas o gol foi invalidado porque o paraguaio, que retornou mais cedo de sua seleção, estava impedido.
No segundo tempo, Maurício Barbieri promoveu alterações, os visitantes cresceram e apertaram o atual campeão continental. Substituto de Weverton, Marcelo Lomba fechou a meta quando foi exigido na bela cobrança de falta de Luan Cândido e no escanteio venenoso cobrado por Hyoran. Na frente, o Palmeiras encontrou espaços para anotar o terceiro. Não o fez porque Rony irritou a torcida com o excesso de impedimentos e gols perdidos e também em virtude do cansaço, que fez o time cair consideravelmente de produção nos últimos 45 minutos.
Mas o time foi competente defensivamente, inclusive com a ajuda dos atacantes, e essa segurança na retaguarda teve papel determinante para o triunfo que colocou o Palmeiras em mais uma final de campeonato.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 1 RED BULL BRAGANTINO
PALMEIRAS – Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Jaílson, Zé Rafael e Raphael Veiga; Gustavo Scarpa (Wesley), Dudu (Mayke) e Rony (Gabriel Veron). Técnico: Abel Ferreira.
RED BULL BRAGANTINO – Cleiton; Aderlan, Realpe (Lucas Evangelista), Léo Ortiz e Luan Cândido; Jadsom Silva (Praxedes), Eric Ramires e Hyoran; Helinho (Guilherme), Bruno Tubarão (Carlos Eduardo) e Ytalo (Sorriso). Técnico: Maurício Barbieri.
GOLS – Murilo, aos 2, Realpe, aos 18, e Rony, aos 39 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Luiz Flávio de Oliveira
CARTÕES AMARELOS – Jadsom, Rony, Realpe, Murilo, Helinho, Zé Rafael, Aderlan
PÚBLICO – 37.618 torcedores
RENDA – R$ 2.209.638,14
LOCAL – Allianz Parque.