Simone Tebet diz que MDB é ‘maior que seis caciques’ e cita ‘puxada de tapete’ em sabatina no JN

Candidata do MDB à Presidência é a última entrevistada da TV Globo

Candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB). Foto: TV Globo

Por Estadão 

Candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB) afirmou nesta sexta-feira, 26, durante sabatina ao Jornal Nacional, da TV Globo, que seu partido é “maior que meia dúvida de caciques”. Na entrevista, ela afirmou que uma ala da sigla tentou “puxar o seu tapete” da disputa ao Planalto. “Tentaram puxar meu tapete. Eu tive de vencer uma maratona. Tentaram levar o partido para (ex-presidente) Lula, judicializaram minha candidatura e foi rejeitada ação”, afirmou. “O MDB é um partido ético. Essa meia dúzia que esteve envolvida no petrolão do PT não está conosco.”

Simone entrou na corrida presidencial como a candidata da chamada terceira via, após desistências de nomes como o do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e do ex-governador João Doria (PSDB). Além disso, ela enfrentou resistência de seu próprio partido – uma ala do MDB defendia apoio a Lula já no primeiro turno das eleições.

Ela afirmou que a “polarizão” entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro “coptou” alguns companheiros do partido.

A senadora foi a última convidada da série de entrevistas que recebeu os principais presidenciáveis ao longo da semana, marcada pelo início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. Foram sabatinados o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

De acordo com o agregador de pesquisas eleitorais do Estadão Dados, a candidata do MDB tinha média de 2% das intenções de voto, mesmo número de uma semana atrás. No mais recente levantamento Datafolha, ela também aparece com 2%.

Mais cedo, em sabatina aos jornais O Globo e Valor Econômico e da rádio CBN, a emedebista havia prometido que metade dos ministérios de seu governo será ocupada por mulheres, se eleita. Ela tem feito reiterados acenos ao eleitorado feminino durante sua campanha, usando a importância da presença de mulheres em cargos do Executivo como ativo eleitoral.

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