De acordo com informações da mídia estatal, duas pessoas estão desaparecidas
Por Estadão
TEERÃ – Pelo menos 21 pessoas morreram e duas estão desaparecidas em inundações no sul do Irã devido a fortes chuvas, informou a mídia estatal neste sábado, 23.
“Vinte e uma pessoas morreram e duas continuam desaparecidas” devido ao aumento da água que atingiu várias cidades da região de Estehban e arredores, na província de Fars, disse Hosein Darvichi, representante local da organização humanitária, à televisão estatal.
“Por volta das 17h de ontem [sexta-feira, 22], fortes chuvas nas cidades de Ij e Rudbal, na área central de Estehban, causaram uma inundação”, disse Yousef Kargar, governador do condado da província de Fars, segundo a agência de notícias.
Imagens de vídeo divulgadas pela mídia e redes sociais mostram veículos apreendidos e empurrados pela subida das águas do rio Rudbal.
11 dead and 13 people are lost as the result of #deluge in #Estahban city at the #Fars province. pic.twitter.com/1Q2s6fgXzN
— Hami Hamedi (@HamediHami) July 23, 2022
Yousef Kargar acrescentou que “55 equipes de resgate chegaram ao local para participar das operações de busca”.
“Alguns moradores e pessoas de outras áreas que foram para a beira do rio e que estavam no leito do rio foram atingidos pelas cheias devido à subida do nível do rio”, afirmou.
Histórico
O Irã sofreu várias secas na última década, mas também inundações periódicas.
Em janeiro, oito pessoas morreram em outra enchente. No Iraque, doze pessoas morreram em dezembro devido às chuvas torrenciais.
Em 2019, fortes inundações no sul do país deixaram pelo menos 76 mortos e danos no valor de mais de 2.000 milhões de dólares.
Os cientistas dizem que as mudanças climáticas amplificaram os episódios de seca, que ameaçam a segurança alimentar. Como outros países vizinhos, o Irã sofre com secas e ondas de calor há anos e espera-se que elas piorem.
Da mesma forma, protestos contra a seca dos rios ocorreram nos últimos meses, especialmente no centro e sudoeste do Irã.
Em novembro passado, dezenas de milhares de pessoas, incluindo agricultores, se reuniram na margem seca do rio Zayandeh Rud, na região central do país, para reclamar da seca e culpar as autoridades pelo desvio do curso de água. /AFP