Tadeu Schmidt e Poliana dizem se entender no olhar e que Fantástico não envelhece

Revista eletrônica chega à edição de número 2.500 neste domingo

Tadeu Schmidt e Poliana Abritta com o cavalinho da Olimpiadas de Toquio 2020. Instagram 2021/fantastico/

Por F5

SÃO PAULO

Se tem uma coisa que os apresentadores do Fantástico (Globo) Poliana Abritta, 45, e Tadeu Schmidt, 47, conservam desde as antigas é a química entre eles. Os dois se conheceram na faculdade de jornalismo, em Brasília (DF), no início da década de 1990. Hoje, três décadas depois, eles celebram a marca de 2.500 edições da revista eletrônica que fazem juntos.

“Imagina que você tem um amigo de faculdade cuja esposa [Ana Cristina] você conhece desde os 12 anos de idade. Então imagina que esse amigo vira seu parceiro de trabalho e vizinho. A gente sempre esteve muito à vontade ali. É uma parceria genuína, a gente joga junto desde sempre”, avalia Poliana.

Na opinião de Tadeu Schmidt, que tem sido cotado para assumir o BBB 22, a sintonia pode ser um dos segredos da longevidade do Fantástico. “Ela entrou na Globo um pouquinho antes de mim e me acolheu no [telejornal] DFTV em Brasília. E eu a recebi no Fantástico. Temos um entrosamento muito bom. Pensamos sempre um no outro e nos entendemos só pelo olhar”, diverte-se ele que aponta que a única divergência é a temperatura do ar condicionado no estúdio.

O programa de número 2.500, no ar neste domingo (19), não será temático, mas a marca será lembrada. Haverá a estreia de dois quadros. Um deles será com o médico Drauzio Varella, que aborda em três episódios o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) que, segundo pesquisas recentes, atinge quase seis milhões de pessoas no Brasil entre 18 e 59 anos.

O outro se chama Ilusões de Risco e conta com dois ilusionistas, Henry e Klauss, que vão recriar números famosos e perigosos da história do ilusionismo. Haverá sempre alguma ligação com os quatro elementos: água, fogo, terra e ar.

O Fantástico também vai ganhar uma nova abertura. “O programa tem uma fórmula que não envelhece. Levamos informação, entretenimento, denúncia, comportamento. Estamos sempre buscando inovar e aprofundar os temas. Isso não tem prazo de validade”, diz Poliana.

Apesar disso, dizem eles, nada se compara à pandemia. Esse período tem sido o mais complicado para dar notícias tristes a cada semana. Por vezes fica até difícil tirar a carga negativa para focar outras coisas.

“Assim como todos os brasileiros, fui atingida pela pandemia. Então você não se livra dessa notícia quando volta para casa. É importante pensar que a informação salvou e salva muitas vidas. Essa é a nossa missão maior”, afirma Poliana.

De acordo com Schmidt, “infelizmente temos que lidar com notícias ruins todas as semanas, mas procuramos sempre um equilíbrio”. “Tem notícia pesada, mas tem notícia leve também. Eu me esforço muito para dar essa contribuição. Os gols têm essa cara divertida, o Detetive Virtual é um momento para dar uma relaxada e o mais recente, É Muita Coincidência, é um momento de respiro.”

Para ele, a renovação, dessa forma, precisa ser permanente, pois o Fantástico é um programa de vanguarda. E assim continuará a ser. “Quando alguma coisa diferente surge, ela aparece primeiro no Fantástico. Estamos sempre arriscando e pensando em formatos para surpreender”, finaliza Schmidt.

FUTURO DA ATRAÇÃO E OS 48 ANOS NO AR

O Fantástico já contou com muitos apresentadores nesses 48 anos em que está no ar pela TV Globo. Dentre eles, Sérgio Chapelin, o primeiro rosto da revista. Até o final dos anos 1980, passaram pela bancada Cid Moreira, Berto Filho (1940-2016), Fernando Vanucci (1951-2020), Celso Freitas e Edson Celulari.

No final de 1988, o Fantástico passou a ser comandado ao vivo por Chapelin, Valéria Monteiro e William Bonner. De lá em diante, mais gente entrava e saía do formato, tais como Dóris Giesse, Carolina Ferraz e Helena Ranaldi. Pedro Bial assumiu em 1996 e por lá permaneceu até 2007, assim como Gloria Maria que encerrou sua participação no mesmo ano.

A chegada de Poliana se deu em 2014. Àquela altura, Tadeu já revolucionava a apresentação dos gols do Fantástico com os hoje bem conhecidos cavalinhos da rodada.

“Foi a coisa mais ousada que já fiz na minha carreira. Tive um retorno incomparável. E por fazer coisas leves, descontraídas, as pessoas sempre vêm falar comigo com muita alegria. O retorno do público foi o que senti de mais impressionante”, avalia Tadeu, que hoje sonha em fazer história.

“Tenho sim essa expectativa de ser o apresentador mais longevo Já era fã do programa como espectador e passei a ser mais fã ainda como jornalista. O Fantástico tem essa coisa motivante que é ir além”, aponta.

Poliana também se diz realizada no comando do jornalístico. “Quero ficar ali enquanto estiver feliz e contribuindo para o programa ser cada vez mais bacana. Tem que ser bom para os dois lados. Até hoje tem sido!”

No ano de 2023, o Fantástico vai completar 50 anos no ar. Tadeu faz mistério quando perguntado a respeito das surpresas que os telespectadores podem esperar, mas Poliana dá algumas dicas de que mudanças estão por vir.

“Tem que ter festa no ar, né? É importante a gente celebrar um programa que faz parte da vida das famílias brasileiras durante meio século. Celebrar principalmente com o público”, conclui a jornalista.

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