Terceiro grupo de resgatados pela FAB do conflito Israel-Hamas chega a São Paulo

Desde quarta-feira, Operação Voltando em Paz, do governo federal, trouxe 494 brasileiros do Oriente Médio

KC-390: Terceiro voo da FAB com brasileiros vindos de Israel pousou em São Paulo nesta sexta — Foto: Edilson Dantas / O Globo

O GLOBO

Mais um grupo de brasileiros resgatados pela Força Aérea Brasileira (FAB) do conflito entre Israel e Hamas chegou ao Brasil, na manhã desta sexta-feira. O avião, vindo de Tel Aviv, pousou na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, às 11h30, após pousar primeiro em Recife (PE), onde cinco passageiros desembarcaram.

São ao todo 494 brasileiros resgatados em três aeronaves na Operação Voltando em Paz, do governo federal. A primeira, KC-30 Airbus A330 200) trouxe 211 passageiros na quarta-feira; a segunda (também um KC-30), 214; e a terceira (KC-390 Millennium), que pousou em São Paulo nesta sexta-feira, 69. Cinco deles desembarcaram em Recife do voo que pousou às 6h07, e os outros 64 seguiram até o destino final.

Há outras três aeronaves na operação. Um VC-2 (Embraer 190) pousou em Roma às 10h25 do horário local nesta sexta-feira, enquanto aguardava autorização para ir ao Egito resgatar brasileiros da Faixa de Gaza.

O governo informa que 900 brasileiros devem ser repatriados até sábado. O Governo Federal estima que, ao todo, serão necessários 15 voos da FAB para trazer de volta os brasileiros que querem sair de Israel e outros países do Oriente Médio. Três brasileiros já morreram nos conflitos em Israel.

Na Base Aérea de São Paulo, a família Glaicer não tirava os olhos da pista, onde Rafael, que havia ido morar em Israel havia poucos meses, estava prestes a desembarcar. Para Giuliana, médica de 28 anos, o irmão ter voltado são e salvo tem um significado ainda maior, já que ele se planejava para ir à rave atacada pelo Hamas, no sábado passado. Mas o hotel onde Rafael trabalha como barman não o autorizou a tirar o dia de folga.

— Ele não queria voltar. Ele queria ficar lá para ajudar o país, mas veio por causa da minha mãe. Ele viveu um dilema. Existe um senso de comunidade muito forte, de querer estar lá para ajudar — diz Giuliana.

Compartilhe esta notícia!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

pt_BRPortuguese