Toyota suspende duas fábricas no Brasil por falta de peças

Produção no interior de São Paulo será interrompida entre os 18 e 27 de agosto

Logo da Toyota em showroom em Shanghai, China – Aly Song – 19.abr.2021/Reuters/File Photo

Por Folhapress

A escassez global de semicondutores leva a novas interrupções das linhas de montagem no Brasil em agosto. Agora é a vez da Toyota.

A montadora anunciou nesta quarta (11) que irá suspender a produção nas fábricas de Sorocaba e de Porto Feliz, ambas no interior de São Paulo. A paralisação vai ocorrer entre os dias 18 e 27.

Segundo a Toyota, os funcionários dessas fábricas entrarão em férias coletivas, com retorno pleno previsto para o dia 30.

A unidade de Sorocaba produz os modelos Yaris, Corolla Cross e Etios (esse último somente para exportação). Em Porto Feliz são feitos os motores 1.3, 1.5 e 2.0 que equipam toda a linha de produtos da marca japonesa.

“Apesar de todos os esforços que temos realizado ao longo do tempo para gerenciar a falta de insumos que afeta a cadeia de suprimentos global, provocada pela pandemia de Covid-19, neste momento uma parada é inevitável”, diz a nota divulgada pela Toyota.

Outras empresas seguem com a produção parada total ou parcialmente em agosto.

A Volkswagen tem interrupções nas unidades de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) e Taubaté (interior de São Paulo). A Fiat, que lidera o mercado com Argo, Strada e Mobi, permanece com um turno parado em Betim (MG).

A Renault, que produz veículos em São José dos Pinhais (PR), esteve com a linha de montagem inativa nos primeiros 10 dias de agosto.

A General Motors, empresa mais afetada pela crise dos semicondutores, prevê retomar a produção em Gravataí (RS) na próxima semana. A unidade monta o Chevrolet Onix, que foi o carro mais vendido do Brasil entre 2015 e 2020.

As montadoras têm esperança de que a situação comece a se normalizar no último quadrimestre, mas o retorno aos níveis regulares de fornecimento só deve ocorrer no segundo semestre de 2022.

Sem carros para entregar às concessionárias, as fabricantes veem as filas de espera crescerem. Quem optar por modelos em alta no mercado só deverá receber o veículo no início do ano que vem.

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