Vacinação de atletas divide participantes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Nesta quarta-feira, inclusive, a Comissão Executiva do COI (Comitê Olímpico Internacional) fará uma reunião para discutir o tema.

© Thomson Reuters Um profissional de saúde toma uma dose da vacina Moderna COVID-19 de um frasco em uma clínica de vacinação gratuita para doenças coronavírus (COVID-19) para pessoas com 70 anos ou mais e seus cônjuges ou parceiros, administrada pela tribo Jamestown S’Klallam em Sequim, Washington, EUA, 23 de janeiro de 2021. A tribo, que está compartilhando seu excesso de vacinas com os residentes de Sequim, foi capaz de começar o primeiro local a chegar, primeiro a ser servido mais cedo do que outros locais no estado devido à sua soberania tribal. REUTERS / Lindsey Wasson TPX IMAGENS DO DIA

Por Estadão

A vacinação de atletas contra a covid-19 virou um entrave para os organizadores do Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta quarta-feira, inclusive, a Comissão Executiva do COI (Comitê Olímpico Internacional) fará uma reunião para discutir o tema. O atual cenário prevê duas categorias de atletas: os vacinados, que terão liberdade para circular pelo evento, e quem não estiver imunizado, que precisará ficar confinado antes de competir.

No caso da delegação brasileira, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) já declarou que não pretende “furar a fila da vacina”. O plano do órgão, inclusive, é que os atletas do País cumpram um período de 12 dias de quarentena logo após o desembarque no Japão.

Nesta semana, o presidente do Comitê Olímpico Francês, Denis Masseglia, declarou que os atletas que participarem dos Jogos Olímpicos de Tóquio e não forem vacinados terão de enfrentar condições “extremamente difíceis”. O dirigente diz ter ouvido do presidente do COI, Thomas Bach, que os atletas não vacinados terão de “passar por exames de manhã e à noite”.

Muitos países já começaram a vacinar contra o novo coronavírus, mas o ritmo é variado. Por isso, a vacinação de atletas abriu um debate sobre saúde pública, já que se os competidores forem priorizados eles poderão passar à frente de outras pessoas dos grupos de risco.

“Está fora de cogitação que os atletas tenham prioridade sobre outras categorias da população, mas até os Jogos se pode pensar que eles serão vacinados sem que isso penalize outras pessoas”, disse o dirigente francês.

Alguns países têm atuado para imunizar seus atletas até os Jogos Olímpicos, programados para julho. Paul Tergat, presidente do Comitê Olímpico do Quênia, declarou: “Queremos que todos os que vão a Tóquio sejam vacinados logo, para que se sintam seguros. Quanto mais cedo melhor”.

O mesmo ocorre na Austrália, onde o comitê olímpico “incentiva” os atletas a se vacinarem e a se prepararem para os Jogos “em total segurança”. É uma posição semelhante à da Rússia, que planeja “vacinar os atletas das seleções nacionais, inclusive as categorias de base”.

O COI e autoridades japonesas garantem que a vacina não será obrigatória para atletas e torcedores. Mas, o COI já declarou que “fará grandes esforços” para garantir que os participantes dos Jogos sejam vacinados.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), no entanto, se mostra contrária a uma possível prioridade que possa ser dada aos atletas na fila da vacinação. “Este não é um problema relacionado aos Jogos Olímpicos. Trata-se acima de tudo de saber usar um recurso escasso para combater uma das crises de saúde mais devastadoras da nossa história”, disse o vice-diretor-geral da OMS, Bruce Aylward. / COM AFP.

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