Veja como foram as sabatinas ‘Estadão’/FAAP com os candidatos à Presidência da República

Tebet defendeu SUS e Ciro atacou voto útil; Lula e Bolsonaro recusaram convite

Sabatina aos candidatos a presidência da República. Foto: Estadão

Por Estadão 

Antes do debate deste sábado, 24, às 18h15, promovido pelo pool formado por Estadão, Rádio Eldorado, SBT, CNN, Terra, Veja e Nova Brasil FM, os candidatos à Presidência da República Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) também participaram de sabatinas organizadas pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) recusaram o convite. Em substituição, especialistas debateram soluções para os principais problemas do País.

Nos encontros, os candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas, professores e alunos da FAAP e representantes da sociedade civil. Assim como ocorreu nas sabatinas, o debate deste sábado terá transmissão, ao vivo, pelas redes sociais do Estadão.

Confira como foram as sabatinas com os candidatos à Presidência da República:

Simone Tebet

A senadora Simone Tebet previu que zerar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) deve custar entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões. Ela também se comprometeu a deixar, de forma permanente, as verbas para a Ciência e Tecnologia fora do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação) e estimou investimento de R$ 10 bilhões nessa área.

A proposta da presidenciável é decretar, se eleita, estado de emergência para acabar com a espera por tratamento nos hospitais públicos e conveniados. Num estado de emergência, as despesas realizadas para o seu enfrentamento podem ficar fora do teto de gastos.

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Ciro Gomes

Ciro Gomes foi irônico ao afirmar que é a favor do voto útil, mas o “voto útil contra a corrupção” e afirmou que hoje existe um fascismo de esquerda no Brasil. Ele ainda disse não permitir que o debate fique concentrado entre o que chamou de “coisa ruim” e “coisa pior” e reafirmou suas principais propostas, como a criação de 5 milhões de empregos em dois anos, a taxação de lucros e dividendos e a revogação do teto de gastos.

“O que está fazendo o fascismo de direita e de esquerda no Brasil? Porque, sim, há um fascismo de esquerda no Brasil liderado pelo PT. Eles estão querendo simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate e querem simplesmente aniquilar alternativas. Isso é uma tragédia para o Brasil”, afirmou o candidato.

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Sem Lula, especialistas debatem desigualdade social

Sem a presença de Lula, especialistas discutiram como resolver os principais problemas do País nas áreas da saúde, economia e direito. O desafio para o próximo presidente, segundo eles, será vencer a polarização política, recuperar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, reduzir as desigualdades sociais. Entre os caminhos para isso, foram destacados a necessidade de investir em ciência, reestruturar programas de transferência de renda e dar as condições para uma maior autonomia dos cidadãos.

Participaram do debate Jorge Kalil, imunologista, professor da Universidade de São Paulo e diretor-presidente do Instituto Todos pela Saúde; Marcos Schahin, professor do curso de Direito da FAAP, mestre em Filosofia do Direito pela PUC e Doutor em Direito Ambiental pela Unisantos; e Bernard Appy, economista formado pela USP e ex-secretário-executivo de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

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Sem Bolsonaro especialistas discutem educação

Especialistas das áreas de educação, economia e direito debateram caminhos e propostas para o País, sem a presença de Jair Bolsonaro. Entre os principais desafios do próximo governo, os convidados destacaram o combate à pobreza e o acesso adequado à Justiça. Todos eles defenderam estratégias fundamentais para a garantia de direitos como a educação.

Participaram do debate Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação e mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School; Náila Nucci, professora da FAAP e assessora jurídica do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, e Pedro Nery, colunista do Estadão e doutor em Economia.

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