O homem foi preso pela PF na saída de agência bancária com mochilas cheias de dinheiro. Em carro no qual ele iria embora, polícia achou santinhos de Roberto Silva, do Agir. Em vídeo, candidato negou saber origem do dinheiro. PF informou que vai apurar possível crime eleitoral.
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Editor: Marcos Ranyere Portela da Cunha
O candidato Roberto Silva (Agir) divulgou vídeo nas redes sociais negando relação com o homem preso na quinta-feira (12) em um shopping da capital. A Polícia Federal encontrou R$ 1,5 milhão e santinhos do candidato com o homem, que foi preso. Ele não teve o nome informado.
A PF informou que o dinheiro estava em duas mochilas e ele tinha acabado de fazer o saque em uma agência bancária do shopping. No carro em que deixaria o local, a polícia achou santinhos do candidato.
Minha imagem está sendo vincula a essa quantia de dinheiro. Foi encontrado santinho dentro do veículo, não sei nem de quem é esse veículo. Eu estou trabalhando com minha família [na campanha], então deve ter santinhos em milhares de carros de Teresina. Eu quero dizer que não tenho nada a ver com isso, declarou.
Roberto Silva, que não quis falar à reportagem, mas manteve seu posicionamento negando envolvimento com o valor apreendido.
Prisão em flagrante
O homem preso foi flagrado logo após o saque pela PF, que recebeu uma denúncia anônima. Segundo a polícia, ele não soube explicar a origem e nem qual a finalidade do saque da enorme quantia.
Além disso, conforme a delegada Milena Caland, foram feitas buscas acerca da capacidade financeira e patrimonial do homem, que não é compatível com o valor apreendido.
Com ele, havia outro homem que estava em um carro no estacionamento do shopping e o aguardava. No veículo, a polícia achou material de campanha eleitoral do candidato Roberto Silva, mas segundo a delegada Milena Caland, não é possível afirmar que havia intenção de prática de crime eleitoral.
O condutor do carro foi conduzido à PF, mas não ficou preso, e o carro foi apreendido.
Conforme a PF, o homem preso deve responder por crime de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Na sede da PF, ele não falou aos policiais. Agora, a polícia vai investigar o caso para apurar outros crimes que possam estar relacionados à obtenção e saque do dinheiro.
Com informações do G1 Piauí