Menino de 8 anos que comeu caju envenenado em Parnaíba volta para a UTI no HUT de Teresina

Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, havia recebido alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no HUT na sexta-feira (6) e encaminhado para a clínica pediátrica.

Ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em diligência no bairro Tabuleiro em Parnaíba. Foto: J. Marcos/Folha do Delta (09.set.2024)

PHBWebCidade 

Editor: Marcos Ranyere Portela da Cunha 

Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, garoto que foi internado após ser envenenado ao comer cajus, retornou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) na quinta-feira (12). A informação foi confirmada pela unidade de saúde. O irmão dele, João Miguel da Silva, de 7 anos, morreu após também comer caju envenenado.

O menino havia recebido alta da UTI na sexta-feira (6) e tinha sido encaminhado para a clínica pediátrica, mas precisou retornar para os cuidados intensivos.

Os dois irmãos, de 7 e 8 anos, foram socorridos, no dia 23 de agosto, em estado grave com sintomas de envenenamento na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. A suspeita, vizinha das vítimas, foi presa horas depois. João Miguel morreu na quarta (28), após cinco dias internado.

A suspeita do crime é Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, presa em flagrante e dias depois teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ela negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes. Revoltados com a situação, vizinhos incendiaram a casa da mulher.

Quem são as vítimas?

João Miguel da Silva, 7 anos, e Ulisses Gabriel da Silva, 8 anos. Os dois eram irmãos e moravam com a mãe em uma residência no residencial Dom Rufino, na periferia de Parnaíba, litoral do Piauí.

Como foram envenenados?

A mãe dos irmãos relatou que, na sexta-feira (23), o filho mais velho chegou à casa da família com um saco de cajus, que teria sido oferecido pela vizinha Lucélia Maria da Conceição Silva, suspeita de envenenar as crianças.

Ele foi comer os cajus com o irmão e os dois saíram para brincar. Quando o mais novo voltou, disse que estava tonto, se sentindo mole e me pediu para segurá-lo. Eu o segurei e ele estava roxo, com a língua preta, babando e vomitando o caju, lembrou Francisca.

O filho caçula foi levado ao hospital e, pouco depois, o irmão mais velho também deu entrada com os mesmos sintomas, levado pelo tio das crianças. Francisca disse ainda que não tem qualquer relação com a vizinha suspeita do crime.

Quem é a suspeita?

Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos, é vizinha das vítimas e, conforme a polícia, já tinha histórico de brigas com a vizinhança e episódios de envenenamento de animais no entorno da residência.

Ela foi presa e negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes (veja acima). Revoltados com a situação, vizinhos incendiaram a casa da mulher.

A suspeita continua presa?

Lucélia Maria da Conceição foi presa no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada dois dias depois. Ela negou as acusações ao chegar à Central de Flagrantes.

O juiz Marcos Antonio Moura Mendes apontou que a materialidade do crime foi demonstrada e existem indícios de autoria, tais como:

  • Veneno encontrado na residência da indiciada;
  • Existência de cajueiro em frutificação no quintal da residência dela;
  • Histórico de agressões a crianças, conforme relatos de vizinhos.

O que foi achado na casa dela?

Os policiais encontraram, debaixo de uma cômoda, invólucros de uma substância que seria estricnina, conhecida popularmente como “chumbinho”. A substância pode provocar desordem convulsiva, contrações musculares e falência respiratória. Contudo, o material continua sendo periciado.

A mulher alegou que utilizava a substância para matar ratos. O material e uma sacola com cajus foram apreendidos e levados para perícia no Instituto de Criminalística. A suspeita ficará presa na Penitenciária Mista da cidade.

O material, contudo, continua em análise pela perícia da Polícia Civil. Também está sendo analisando o material encontrado no estômago das crianças.

Como estão as crianças?

João Miguel da Silva, 7 anos, morreu na quarta-feira (28), no Hospital de Urgência de Teresina, internado por envenenamento desde domingo (25).

Anteriormente, os irmãos estavam entubados no Hospital Nossa Senhora de Fátima, anexo do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda). O transporte das crianças à capital foi feito por uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O irmão, de 8 anos, saiu da UTI do HUT nesta segunda-feira (9) e segue internado na clínica pediátrica do hospital.

Com informações do G1 Piauí 

Compartilhe esta notícia!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

pt_BRPortuguese